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IA revoluciona a Farmácia Clínica no Hospital da Restauração

O Hospital da Restauração (HR) Gov. Paulo Guerra, em Recife, deu um passo importante na segurança assistencial com a implementação de uma ferramenta de inteligência artificial (IA) para auxiliar a Farmácia Clínica. O sistema NoHarm.AI avalia prescrições médicas, gerando alertas que orientam os farmacêuticos sobre possíveis riscos, incompatibilidades e interações medicamentosas. Esta é a primeira vez que uma tecnologia desse porte é utilizada no maior hospital público de Pernambuco.

Resultados positivos e alta taxa de aceitação

Desde o início dos testes, que começaram na UTI Adulto, os resultados têm sido expressivos. Entre fevereiro e agosto, 85% das intervenções farmacêuticas sugeridas pela IA foram acatadas pela equipe médica. Essas ações resultaram em ajustes de dose, revisão de medicamentos e até mesmo na economia de insumos, demonstrando o impacto direto na qualidade do cuidado ao paciente.

Ampliação e integração do sistema

O sucesso inicial levou à expansão do uso da IA para outras áreas críticas do hospital, como a UTI Pediátrica e a Unidade de Suporte Avançado em Neurocirurgia. A gerente da Farmácia do HR, Lucidalva Cavalcanti, ressalta que os alertas têm sido fundamentais para identificar problemas como incompatibilidades, interações medicamentosas e alterações em exames. Além disso, a integração dos dados da IA ao prontuário eletrônico tem fortalecido o diálogo entre farmacêuticos e médicos.

IA como apoio à decisão clínica, não como decisora

O gerente de Tecnologia da Informação do HR, Saulo Bezerra, enfatiza que a inteligência artificial funciona como um suporte à decisão clínica, e não como um agente autônomo. “A IA jamais toma decisões sozinha. Os alertas são avaliados pelos profissionais, e o sistema é atualizado para melhorar a precisão e reduzir o risco de erro”, explica Bezerra. A plataforma NoHarm.AI, desenvolvida pelo Instituto de Inteligência Artificial na Saúde, analisa prescrições em tempo real, considerando dados do prontuário como exames e comorbidades, para sugerir ações que minimizem doses inadequadas, interações e duplicidades. Atualmente, a tecnologia está presente em cerca de 200 hospitais no país, com acesso gratuito para unidades do SUS.

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