Tragédia na Iputinga: Família morre em incêndio após supostas agressões
A comunidade Icauã, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, está de luto após um incêndio devastador que tirou a vida de Isabelle Macedo, grávida de dois meses, e quatro de seus filhos. Vizinhos relatam que a família, residente no local há mais de uma década, vivia sob a sombra da violência doméstica, especialmente quando o marido, Aguinaldo José Alves, conhecido como Guel, consumia bebida alcoólica.
Relatos de violência doméstica marcam a convivência
Segundo José Carolina, de 86 anos, que mora na comunidade há dez anos, a relação do casal era marcada por agressões. “Se o marido tomava uma, queria matar a mulher. Terminou morrendo a mulher mesmo”, relatou o vizinho. Maria José de França, 53 anos, que conhecia Isabelle desde a infância, corroborou os relatos, afirmando que Guel agredia a companheira com frequência quando bebia.
Rotina dedicada aos filhos e conflitos domésticos
Apesar dos conflitos, a rotina de Isabelle era centrada nos filhos, a quem levava e buscava na creche diariamente. Vizinhos descrevem a vítima como uma mulher de convivência tranquila. Guel, por outro lado, era conhecido por se envolver em conflitos quando sob efeito de álcool. Há relatos de que, no dia do incêndio, ele teria trancado e amarrado Isabelle antes de atear fogo à residência.
Ações da Prefeitura e apoio à comunidade
A Prefeitura do Recife iniciou a limpeza da área afetada e equipes da Secretaria de Direitos Humanos e Juventude estão prestando assistência para a emissão de documentos perdidos. Desde o início da ocorrência, diversos órgãos municipais atuaram no local. A Assistência Social providenciou abrigo, cestas básicas, colchões e kits de higiene para os desabrigados, além de anunciar auxílio funeral para a família da vítima. Uma equipe de saúde também prestou atendimento a 55 pessoas, incluindo crianças, idosos e uma gestante.
