A prática que coloca vidas em risco
O “surf em ônibus”, que consiste em viajar na parte externa dos coletivos, como para-choques e teto, tem sido uma prática recorrente no transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR). De janeiro a outubro deste ano, o Grande Recife Consórcio de Transportes (CTM) registrou 107 ocorrências, o que equivale a aproximadamente duas por semana. Infelizmente, essa conduta já resultou em três mortes e deixou uma pessoa ferida neste período.
Ações para conscientizar e prevenir
Diante do alarmante número de casos, o CTM, em parceria com a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), promoveu uma ação educativa na rua Uriel de Holanda, em frente ao EREM Padre Nércio Rodrigues. O local foi escolhido por ter registrado o último acidente fatal relacionado à prática, em 14 de novembro, quando um jovem de 21 anos morreu ao praticar o “bigu” (uma variação do surf em ônibus).
Agosto lidera casos; CSR com mais ocorrências
O relatório do CTM aponta agosto como o mês com maior incidência de surf em coletivos em 2025, com 20 casos. Maio (17), junho (14) e julho (11) também apresentaram números significativos. Em relação às empresas, a Consórcio Recife de Transporte (CSR) lidera o ranking de ocorrências, com 59 registros, seguida pela Rodoviária Caxangá S/A (20) e Empresa Metropolitana S/A (13).
Campanha “Pege bigu e surfar, nem pensar!”
A campanha educativa, que distribuiu panfletos e realizou abordagens com passageiros e motoristas, tem o slogan “pegar bigu e surfar, nem pensar! denuncie quem não anda na linha.” O objetivo é reforçar que a prática não é uma brincadeira e que a preservação da vida deve ser prioridade. O CTM já realizou 12 ações educativas este ano, focando em escolas, terminais e ruas de grande circulação, além de mapear linhas com maior incidência de risco, especialmente em fins de semana e feriados.
Como denunciar
Os usuários que presenciarem a prática de “surfe” ou “bigu” podem colaborar com as autoridades através dos canais oficiais do CTM: Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158), WhatsApp (81) 99488-3999 e Ouvidoria (3182.5511/5633/5630/5519).
