PF deflagra operação contra serviços clandestinos de ataques digitais
A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (3) a Operação Power OFFcom, visando desarticular um grupo especializado na oferta de serviços ilegais de ataques de negação de serviços distribuídos (DDoS). Esses ataques, conhecidos como booters e stressers, são utilizados para sobrecarregar servidores, serviços ou redes, tornando-os indisponíveis para usuários legítimos.
Como funcionam os ataques DDoS
Os ataques DDoS consistem em inundar um alvo com um volume massivo de tráfego de internet proveniente de múltiplas fontes. O objetivo é interromper operações, causar perdas financeiras, prejudicar a reputação de empresas e até mesmo roubar negócios. A indisponibilidade do serviço pode ter sérias consequências para organizações e órgãos estratégicos.
Operação e alvos
Durante a Operação Power OFFcom, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária em São Paulo, São Caetano do Sul, Rio de Janeiro e Tubarão (SC). Os alvos são tanto os administradores das plataformas que ofereciam os serviços ilegais quanto os usuários que contrataram esses ataques.
Investigação com apoio internacional
As investigações, com o apoio do FBI (Federal Bureau of Investigation), revelaram que essas plataformas permitem que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico avançado, contrate ataques DDoS mediante pagamento. Os serviços são hospedados em servidores de nuvem distribuídos globalmente e utilizados por criminosos em escala mundial. Entre os alvos de ataques atribuídos a usuários dessas plataformas estão órgãos como a própria Polícia Federal, Serpro, Dataprev e o Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro.
