Mudança no Organograma para 2026/2027 Gera Descontentamento
O Náutico apresentou um novo organograma para o biênio 2026/2027 em reunião do Conselho Deliberativo, gerando forte debate. A principal alteração criticada foi a extinção da diretoria de esportes olímpicos. Em vez disso, as modalidades olímpicas ficarão sob a gestão da diretoria comercial, que acumulará outras responsabilidades.
Ofício de Conselheiro Aponta Incoerência e Desrespeito Estatutário
O conselheiro Paulo Monteiro reagiu veementemente à decisão por meio de um ofício, classificando-a como uma “agressão frontal” à rica tradição poliesportiva do clube e um desrespeito direto ao Estatuto do Náutico. Monteiro argumenta que a essência do clube, que sempre valorizou diversas modalidades além do futebol, está sendo desconsiderada.
Tradição Histórica dos Esportes Olímpicos no Náutico
Em seu ofício, Paulo Monteiro relembrou as conquistas e a importância histórica dos esportes olímpicos no Náutico, mesmo antes do sucesso no futebol. Ele citou o remo, com atletas convocados para a seleção brasileira, o tênis, a natação com recordistas sul-americanos e pan-americanos e participação olímpica, o basquete com convocações para a seleção brasileira, o vôlei e o futsal, este último campeão brasileiro. Essas modalidades, segundo o conselheiro, moldaram gerações, formaram cidadãos e ajudaram a construir capítulos de orgulho para o esporte pernambucano e nacional.
Estatuto do Clube e Questionamentos sobre Legitimidade
O conselheiro enfatiza que a extinção do departamento fere o Estatuto do Clube Náutico Capibaribe, que reconhece a vocação poliesportiva e estabelece a promoção dos esportes olímpicos como pilares. Há questionamentos no Conselho Deliberativo sobre a legitimidade do presidente Bruno Becker para extinguir uma diretoria estatutária. A mudança faz parte de uma reestruturação que resultará em seis diretorias: Futebol, Social, Administrativo/Financeiro, Jurídico, Comunicação e Mercado.
Apelo por Revisão Urgente da Decisão
Monteiro conclui seu ofício com um apelo para que a decisão apresentada na reunião de 2 de dezembro de 2025 seja revista com urgência e responsabilidade. Ele descreve a medida como contraditória, desrespeitosa e equivocada, afirmando que o respeito ao Náutico se demonstra preservando sua essência e história, e não apagando o que o tornou grande.
