Ministras lamentam feminicídio no Cefet-RJ e pedem combate à misoginia
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, lamentou profundamente o assassinato de duas servidoras do Cefet-RJ por um colega de trabalho. A ministra ressaltou a urgência em combater a violência contra a mulher, afirmando que “não podemos banalizar e naturalizar a violência”. Ela destacou que a pasta está engajada na campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência e do Racismo contra as Mulheres”.
Pacto por compromissos concretos contra a violência
A manifestação foi acompanhada pelas ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Ambas reforçaram a necessidade de pactuar compromissos concretos para o enfrentamento à violência de gênero. Anielle Franco classificou o episódio como “extremamente grave”, enfatizando que “não dá para normalizar que duas servidoras sejam assassinadas no exercício de sua função”.
Misoginia estrutural no ambiente de trabalho
Esther Dweck apontou que o caso revela um padrão estrutural de violência de gênero nos ambientes de trabalho, uma “expressão de um padrão de misoginia presente nos ambientes de trabalho”. A ministra lamentou constatar um “caso típico de misoginia, de um homem que não aceita ser chefiado por uma mulher”.
Letramento antimachista como política de prevenção
As ministras defenderam a adoção de um “letramento antimachista” como política estruturante para a prevenção da violência contra as mulheres nos espaços institucionais e no serviço público. As declarações foram feitas durante o evento de celebração dos 20 anos do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, coordenado pelo Ministério das Mulheres, em Brasília. O seminário, intitulado “Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça: Mais mulheres na liderança, mais equidade nas empresas, mais igualdade no mundo do trabalho”, debateu os caminhos e desafios para ampliar a presença feminina em cargos de direção.
Programa Pró-Equidade: 20 anos de promoção da igualdade
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, existente desde 2005 e atualmente em sua 7ª edição, tem como objetivo estimular e institucionalizar políticas de igualdade de gênero e raça no ambiente de trabalho, especialmente em médias e grandes empresas. Coordenado pelo Ministério das Mulheres, em parceria com a ONU Mulheres e a Organização Internacional do Trabalho, o programa busca reduzir desigualdades salariais e de oportunidades, ampliar a presença de mulheres, em especial mulheres negras, em cargos de liderança, combater o racismo e o machismo institucionais, fortalecer políticas de diversidade, equidade e inclusão, e promover ambientes de trabalho mais justos, seguros e igualitários. A EBC é uma das empresas participantes do programa.
