Relembrando Alice
Alice Gomes, de 7 anos, que tragicamente perdeu a vida em um incêndio supostamente causado pelo próprio pai no último sábado (29), na Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife, era descrita por um profissional da escola onde estudava como uma criança de “sorriso maravilhoso”. A menina foi sepultada junto com sua mãe e três irmãos na tarde desta segunda-feira (1º) no Cemitério da Várzea.
Um aluno aplicada e cheia de energia
Alexandre Batista Fernandes, profissional de Atendimento Educacional Especializado (AEE) que atuou na sala de Alice no Colégio Municipal dos Palmares, era carinhosamente chamado de “tio Pedro” pela menina. Ele destacou que Alice era uma aluna dedicada, que estava progredindo significativamente na leitura e era conhecida por sua energia contagiante. “Ela estava aprendendo muito a ler, se desenvolvendo bastante. Era cheia de energia e vivia correndo pelos corredores da escola. Tinha um sorriso maravilhoso e não dava trabalho. Se ela estivesse quieta, era porque estava doente, com certeza”, relatou Alexandre.
O cuidado da mãe e a surpresa com o pai
Fernandes também elogiou a dedicação de Isabele Gomes de Macedo, mãe de Alice, à rotina escolar da filha. “Alice estava sempre bem cuidada, sempre arrumadinha, muito organizada com os materiais. Tomava cuidado com tudo. Sempre bem vestida. Era visível o zelo da mãe com ela”, comentou. Ele descreveu Isabele como uma pessoa reservada, “quieta, na dela”, que não se atrasava para buscar a filha na escola. O profissional mencionou que o pai de Alice também a buscava ocasionalmente e que, na escola, ele não demonstrava comportamento agressivo com a menina, o que tornou a tragédia ainda mais surpreendente.
A mãe reservada
Sobre Isabele, Alexandre descreveu que ela parecia ser uma pessoa recolhida, mas não excessivamente retraída nem expansiva. “Não se misturava com as outras mães. Parecia alguém realmente recolhida, mas eu não tinha contato direto com ela”, acrescentou o professor.
