Jovem com esquizofrenia teve histórico de internação
Gerson de Melo Machado, de 19 anos, que morreu após invadir a jaula de uma leoa no Parque Arruda Câmara, em João Pessoa, foi internado no Hospital Ulysses Pernambucano (HUP), no Recife, no ano de 2025. Segundo a conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhava o caso desde a infância do jovem, Gerson foi diagnosticado com esquizofrenia tardiamente e não recebeu o acolhimento adequado após completar a maioridade.
Justiça determinou encaminhamento para tratamento psiquiátrico
Em audiência de custódia, Gerson entrou em crise e apresentou desorientação, o que levou a juíza Idiara Buenos Aires Cavalcanti a determinar seu encaminhamento ao HUP. A magistrada ressaltou a inexistência de motivo para a prisão e orientou que a equipe médica avaliasse medidas terapêuticas e a possibilidade de restabelecimento dos vínculos familiares. O Judiciário pernambucano, ao analisar a infração cometida pelo jovem, reconheceu novamente sinais de sofrimento mental grave e determinou novos encaminhamentos clínicos.
Secretaria de Saúde confirma atendimento e internações
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou que Gerson foi atendido e internado em duas ocasiões no HUP neste ano. A pasta informou que o tratamento foi conduzido por uma equipe multidisciplinar, mas ressaltou que detalhes do atendimento são sigilosos, conforme resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Caso levanta discussões sobre acolhimento de pacientes com transtornos mentais
O trágico desfecho do caso de Gerson de Melo Machado reacende o debate sobre a importância do acompanhamento contínuo e adequado para pessoas com transtornos mentais, especialmente após atingirem a maioridade. A falta de suporte e a dificuldade no acesso a tratamentos eficazes podem ter consequências devastadoras, como evidenciado neste lamentável episódio.
