Estratégia visa atender especificidades das comunidades aquáticas
Em Pernambuco, o Ministério da Saúde e o Ministério da Pesca e Aquicultura anunciaram nesta terça-feira (2) a estratégia “Mais Saúde para as Mulheres das Águas”. Lançada em Itapissuma, a iniciativa busca aprimorar o cuidado e o acesso à saúde para pescadoras artesanais, ribeirinhas e populações costeiras e marítimas. A ação conta com um aporte inicial de R$ 33,8 milhões em 2026.
Apoio e reivindicações históricas
A iniciativa atende a uma demanda apresentada à primeira-dama, Janja Lula da Silva, em agosto de 2025, durante visita à Colônia Z-10. A estratégia responde a antigas reivindicações dessas comunidades por um acesso mais efetivo à saúde e pela capacitação de equipes para atuar em territórios aquáticos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância de adaptar os serviços de saúde às realidades locais. “A gente precisa ter um posto de saúde, uma equipe de saúde, um médico, uma enfermeira, um agente comunitário de saúde diferente para cuidar da realidade das mulheres que trabalham nas águas”, explicou Padilha.
Investimento progressivo e ampliação das equipes
O investimento federal em 2026 será de R$ 33,8 milhões, destinado à alteração da tipologia de 72 Equipes de Saúde da Família Ribeirinha. A expectativa é que o montante ultrapasse R$ 260 milhões até 2028, com a ampliação do credenciamento, permitindo a contratação de mais profissionais, a melhoria da estrutura e o aumento da oferta de cuidados. O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, destacou que a ação é resultado de um governo que ouve a população e trabalha em conjunto com as comunidades para solucionar seus problemas.
Cooperação e infraestrutura aprimoradas
A portaria que institui a estratégia também prevê o aumento de até 50% no número de profissionais das equipes ribeirinhas e fluviais, além da atualização de incentivos financeiros e a inclusão de equipamentos logísticos. Foi assinado um memorando de interesses para estabelecer uma agenda permanente de cooperação entre os ministérios, focada em saúde ocupacional, logística integrada, formação continuada das equipes, vigilância em saúde e campanhas específicas. Cada equipe de Saúde da Família Ribeirinha deverá contar, no mínimo, com médico, enfermeiro e auxiliar ou técnico de enfermagem, podendo incluir outros profissionais. Para atender comunidades remotas, os municípios poderão solicitar recursos para pontos de apoio, veículos e embarcações para deslocamento e visitas domiciliares.
